Prédio do Comando

Pintura do Prédio do Comando da Base Aérea do Galeão

BAGL

O Centro de Aviação Naval

A região da Praia do Galeão, na Ilha do Governador, tem uma longa história ligada à aviação no Brasil. A origem dessa história remonta ao ano de 1923, quando houve a transferência da Escola de Aviação Naval do Rio de Janeiro, da Ilha das Enxadas, na entrada da Baía de Guanabara, para uma área desapropriada, às margens da Praia do Galeão. Nesta região foi criado o Centro de Aviação Naval em 10 de maio de 1923.

As novas instalações permitiram a incorporação de aviões anfíbios, pois as primeiras aeronaves usadas pela Aviação Naval eram hidroaviões, sem capacidade de aterrissagem em pista de terra. Assim, com a nova estrutura, foi possível utilizar bombardeiros médios. Essas aeronaves tinham maior autonomia de voo e eram capazes de realizar patrulhas ao longo do litoral.

O Centro de Aviação Naval abrigava a Base de Aviação Naval, a Escola de Aviação Naval, Almoxarifado e oficinas especializadas, além de sediar o Comando de Defesa Aérea do Litoral e a Força Aérea da Esquadra. No mesmo ano da criação do Centro, foi construída a primeira pista do Galeão, para que a Base passasse a receber aviões com rodas. Até então, essas aeronaves ficavam alocadas na Base do Campo dos Afonsos, juntamente com as demais da Aviação Militar do Exército.

Nasce a Base Aérea do Galeão

A criação do Ministério da Aeronáutica (Decreto nº 1.961, 20 de janeiro de 1941) proporcionou maior desenvolvimento à aviação nacional e ocasionou uma série de mudanças estruturais nas duas forças militares já existentes. A nova organização exigiu, portanto, maior disponibilidade de recursos humanos e materiais para a estruturação da recém-formada Força Aérea Brasileira. O artigo número 13 dessa legislação extinguiu a Arma da Aeronáutica do Exército e o Corpo de Aviação da Marinha, assim como o Conselho Nacional de Aeronáutica. O Ministério da Aeronáutica assumia, então, o controle dos diversos órgãos ligados à aviação militar e civil com os respectivos efetivos e patrimônios.

Em decorrência disso, pelo Decreto nº 23.302, de 22 de maio de 1941, a Base de Aviação Naval do Rio de Janeiro e todo o seu efetivo foi integrado numa organização que passou a se denominar Base Aérea do Galeão, sob a sigla BAGL.

Desativação

Após a edição da DCA 11-53/2016 “Diretriz para a Reestruturação da Força Aérea Brasileira”, muitas ações entraram em curso nas diversas Organizações que compunham o Comando da Aeronáutica. Tais ações visaram a remodelar a Força Aérea Brasileira (FAB) através de aperfeiçoamento de processos, adequação das estruturas físicas, otimização da organização administrativa e operacional e redistribuição dos recursos humanos. Nesse contexto a BAGL cedeu lugar à Ala 11, por meio do Decreto Nº 9.077, de 08 de junho de 2017.

O pátio de aeronaves da BAGL foi, e ainda é, o “portão de entrada” de autoridades civis e militares, bem como a de celebridades estrangeiras e nacionais. Atravessaram o portão da unidade várias delegações brasileiras campeãs, delegações dos países participantes da Copa de 2014, das Olimpíadas de 2016 e equipes de outros vários eventos importantes. Celebridades mundiais, dentre as quais a Princesa Diana e o Papa João Paulo II, também foram recebidos no pátio da BAGL.

A história da Força Aérea Brasileira e da própria Aviação de Transporte misturam-se com a história desta importante unidade.